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terça-feira, 16 de abril de 2019

Pragmatismo

Pragmatismo

Matou-me os versos
O vil pragmatismo.
Maculou-me a pena.
Ingênua, minha arte
Se entregou aos
Quereres e anseios.
Devaneios sórdidos
De meus apetites.
E minhas palavras,
Rendidas, silenciaram,
Sem eu perceber.
Diziam, mas sem dizer.
Eram só som e imagem.
Literalidade esvaziada,
De metáforas e vida.
Frases dispersas,
Arremedos de estrofe.
Foi quando morri
Enquanto fingidor.
Tornei-me um qualquer,
Padecendo apenas
De dores próprias.
Sem saber sentir.
Sem-sibilidade.

r.h.

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