Páginas

terça-feira, 2 de abril de 2019

Navegante

Navegante

Lancei-me ao mar
Das vicissitudes.
Mergulhei, amiúde,
Em doces devaneios,
Na volúvel volúpia
De meus anseios.
Insaciáveis. Insólitos.
Naveguei a nado,
Guiado pelo querer,
Enquanto o tempo
Caminhava sobre
As águas solitárias.
Após muito marear,
Por fim, me acostumei.
A acostar no prazer.
Aportar em (a)braços
(Des)conhecidos.
A sorrir nas partidas,
Oceanos cruzar
Sem pretensões de
Ancorar.

Insular. 
Assim, me descobri.
Meus tesouros
Ocultos da superfície.
Invisíveis a
Olhares apressados,
Sob minhas areias
Guardados.
Sem mapas, porém
Entregues, pois,
Ao acaso, e a quem
Ele digno julgar.
Sempre sem pressa.
Sigo a navegar.
Rumo aos sonhos
E ao desconhecido.
A veredas onde o sol,
Só, se esconde.
O horizonte é só
Uma linha, afinal.
Sobre a qual,
Escreverei meu nome.

r.h.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Se você gostou do texto acima, fique a vontade para comentar. Críticas, elogios ou sugestões serão sempre aceitos. Se acaso achares que o blog merece, siga-o.
Obrigado. R.H.