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segunda-feira, 6 de maio de 2019

Assassinato

Ainda ontem te matei.
Em verso. Em mim.
Meu exorcismo-batismo,
Em lágrimas e tinta.
Renasci.
Caneta a lacerar o papel,
Verbo(hemo)rragia
Escorrendo azul.
 Memórias borradas
 Na pressa ofegante.
 Mão trêmula, mas,
 Vacilante, jamais.
 Gritos livres,
Sem rima,
 Que só eu ouvia.
 Cada vez mais distantes,
 Abafados
 Em minha mente.
 O soluçar da liberdade,
Enfim.
 Riso incrédulo e,
 Após o ponto final,
 Recordações incineradas,
Dispersando-te pelo ar
 Em fumaça e adeus.
 Hoje te vejo,
 Mas já não vives
 Em mim.
Fim.

r.h.

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