Caro leitor, agradeço a você que acompanhou o Súbito Objetivo no decorrer deste ano. Espero que neste ano que se iniciará, eu possa continuar, com meus humildes textos, agradando cada vez mais. Este é o último post do ano, portanto, desde já desejo-lhe um Ano Novo de prosperidade e felicidades. Obrigado.
Robson Heleno
Próximo ato
O fim de mais um ato se aproxima. Contemplamos agora seus
momentos derradeiros. O clímax se apresenta para alguns, encaminhando o
desfecho de situações surgidas no decorrer deste ato, ou mesmo advinda de atos
anteriores. Novos conflitos surgem também, ensejando o enredo que haverá de se
desenrolar no novo ato vindouro. Alguns comemoram com felicidade a conclusão de
mais esta etapa do espetáculo. Outros vivem o receio de que, talvez, não tenham
mais muitos atos pela frente. As emoções se entrelaçam.
Um breve olhar para trás nos revela as tantas cenas que
compuseram este ato. Intenso, passou por nós apressado, gerando o típico
espanto quando nos vemos diante de seu término. Entre uma cena e outra, nos
deparamos com incontáveis personagens, cujas estórias se encontraram por obra
do acaso, ou não. Houve também vidas que se apartaram, para que novas linhas
pudessem ser escritas. Muitos foram os novos personagens introduzidos à trama
neste ato. Mas, infelizmente, tantos outros também tiveram que deixa-la. Faz parte
do show, afinal.
Diversos acontecimentos importantes marcaram esta fase. Houve
até quem ousasse repetir, quem sabe para criar mais tensão, o conhecido boato
de que a peça teria fim, que este seria o último dos atos. E, acredite, mesmo
sendo a piada conhecida, ainda teve gente que achou graça. Outros se
atemorizaram, tratando de resolver suas pendências às pressas, para que não
restassem arestas ao final precoce do espetáculo. Entretanto, como fora das
outras vezes, foi apenas uma mentira, daquelas que, de tão mal contada, não se
sabe porque atrai atenção.
O fato é que aqui permanecemos, encenando no palco da vida.
Não houve fechar repentino de cortinas. O show continua, como sempre. E, ouso
dizer, ainda há muito por acontecer nestas últimas cenas que agora se
desenrolam. É preciso nos preparar para as cenas que virão. Pois esse ato que agora se encerra, será logo
sucedido por outro. A estória não tem intervalos. Talvez por isso, certa vez,
disse um sábio que ‘a vida é uma peça que não permite ensaios’. Nunca palavras
foram tão certas. Afinal, as cenas simplesmente acontecem, são espontâneas. A
nós, personagens, cabe apenas vive-las da mesma forma.
Se, no decorrer deste ato, sua estória não teve mudanças
significativas, não desanime. Reviravoltas sempre são possíveis. O destino é
quem sabe. Muito do que acontecerá, dependerá de você. É certo que, nos
bastidores, existe algo maior que nós que, de uma forma ou de outra, opera para
que a estória siga certos rumos. Alguns chamam de destino, outros de Deus, outros
de acaso. Ainda assim, somos livres em nossas escolhas, e elas são
determinantes. Lembre-se sempre que nossas conquistas e derrotas dependem,
sobretudo, de nós mesmos. Afinal, neste grande espetáculo da vida, somos, ao
mesmo tempo, autores, espectadores e personagens. Que venha o próximo ato!
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